miss

Hoje sinto saudade daqueles momentos que passamos juntos, daquelas mensagens meias secas que recebia, daquele atrofio que sentia. As coisas mais leves acabam mas as mais fortes diminuem com o tempo, e o sentimento que na altura era sentido vai-se esvaindo. O meu pilar, o meu diário, o meu porto de abrigo perde-se durante a noite quando a cabeça é encostada na almofada, e os pensamentos voltam e insistem em me atormentar. Muitas vezes dou comigo a pensar, com a lágrima ao canto do olho no porquê das coisas terem sido assim. Por mais que queira abstrair o pensamento tudo volta e todas as imagens passam na minha frente como se ainda fosse o presente. Tenho saudades de quando ligavas a meio da noite só para atrofiar, saudades de quando havia uma mensagem matinal e até mesmo quando os teus amigos me elogiavam sem me conhecer. Dei tudo o que podia de mim, mesmo distante mas porque é que me lembro sempre de ti? Porque é que continuas na minha cabeça? Será que continuo na tua? No ar de gozo dizia sempre o mesmo, já pensando no futuro que poderia não ser ao teu lado, mas nunca quiseste acreditar que tal fosse possível. Hoje apenas sei o teu nome, o teu aniversário e pouco mais, porque aquilo que um dia foi o meu todo, hoje é o teu nada e sei que não estás sozinho, sei que vai haver sempre alguém a olhar por ti, a não te deixar cair de novo, pois esse, foi o papel que um dia me pertenceu.